JPMorgan eleva Yduqs e Ânima e rebaixa Cogna e Ser ao revisar setor; ações reagem
Com isso, as ações reagem na B3. Entre os papéis que compõem o Ibovespa, às 10h55 (horário de Brasília) desta quinta-feira (17), YDUQ3 avançava 5,97% (R$ 14,19), enquanto COGN3 caía 4,74% (R$ 2,21). Fora dele, ANIM3 era o grande destaque ao saltar 14,45% (R$ 3,01), enquanto SEER3 era exceção e subia 2,10% (R$ 5,36) mesmo com o rebaixamento.
Segundo estimativas, o FCF da Yduqs terá uma base comparativa fácil, pois 2024 foi impactado negativamente pelo DIS (1,8% do valor de mercado), e esse impacto deve diminuir neste ano. O DIS é um programa de Diluição Solidária, campanha que permite aos estudantes pagarem R$ 49 nos primeiros meses do processo de captação e diluir a diferença no valor integral das parcelas.
Por outro lado, analistas comentam que o fluxo de caixa da Cogna foi ajudado pela recuperação do PEP (empréstimos privados antigos não mais concedidos) em 2024 (3,5% do valor de mercado), algo que não deve se repetir em 2025. Além disso, a Cogna está mais exposta a cursos de saúde a distância, que enfrentam maiores riscos regulatórios.
O banco também destaca que as ações da Cogna tiveram forte valorização no ano (+110%), em comparação com +55% da Yduqs e +8% do Ibovespa.
Entre os nomes menos líquidos, o banco agora prefere a Ânima (ANIM3), que teve a recomendação elevada de neutra para compra, em relação à Ser (SEER3),rebaixada para neutra e preço-alvo reduzido de R$ 9 para R$ 8, e à Afya (mantida em neutra), com base na forte geração de FCF da Ânima (14,2%).
Para o banco, a Ânima também tem a vantagem de ter exposição limitada ao ensino a distância (6% do EBITDA do segmento em 2024) e baixa exposição a cursos de saúde no EAD.
Quanto à Ser, analistas ainda enxergam potencial de valorização, mas a conversão de caixa deve ser menor devido ao programa de financiamento Ser Solidário, resultando em um yield mais baixo (11%). A Ser também é mais exposta ao ensino a distância do que a Ânima.
Já a Afya parece mais corretamente precificada pelos investidores, na avaliação do JPMorgan, dada sua geração consistente de FCF ao longo dos anos e o bom histórico de cumprimento de projeções, com um yield estimado de 8% para 2025.
Apesar da elevação nas taxas de juros médias, o endividamento vem caindo, e o JPMorgan espera que o aumento nas despesas financeiras líquidas seja, em grande parte ou totalmente, compensado pelo crescimento do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) com a maturação dos cursos de medicina e algum crescimento nas receitas não médicas.
Com isso, apesar das preferências relativas, o JPMorgan vê todas as empresas continuando a gerar um fluxo de caixa livre sólido neste ano.
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