Ibovespa Futuro segue a aversão ao risco global e recua com receios sobre tarifas
A sinalização de Trump derruba expectativas de uma aplicação mais seletiva das tarifas e eleva os riscos de uma nova rodada de tensões comerciais globais. O plano do presidente prevê a imposição de tarifas proporcionais às cobradas por outros países sobre produtos americanos, o que, segundo ele, visa proteger a economia dos EUA contra a concorrência considerada desleal. Trump deve receber recomendações sobre as tarifas na terça-feira e fazer um anúncio na quarta, com a entrada em vigor no dia seguinte de tarifas sobre automóveis.
A perspectiva de uma escalada radical na guerra comercial global nos próximos dias quase dobrou a probabilidade de uma recessão na economia dos Estados Unidos nos próximos doze meses para cerca de 35%, de acordo com o Goldman Sachs.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em viagem a Paris, onde fica até quarta-feira. Nesta segunda, ele participa da conferência “10 anos depois do Acordo de Paris: governar na era do clima”.
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 0,68%, S&P500 tinha desvalorização 1,11% e Nasdaq Futuro caía 1,54%.
De volta ao cenário nacional, as projeções dos analistas para o câmbio foram revisadas para baixo pela terceira vez consecutiva em 2025, conforme divulgado no Relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (31). A previsão para o dólar caiu de R$ 5,95 para R$ 5,92.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista subia 0,21%, aos R$ 5,771 na compra e R$ 5,772 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,19%, aos 5.771 pontos.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com baixa, antes da nova rodada de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, esperada para o final da semana. O índice Nikkei, do Japão, caiu 4,05% para terminar o dia em 35.617,56 pontos.
Os preços do petróleo sobem após Trump ameaçar, no fim de semana, impor tarifas secundárias ao petróleo russo caso Putin rejeite um cessar-fogo com a Ucrânia. Trump declarou estar “muito irritado” com os comentários recentes de Putin, que sugeriram formas de instalar uma nova liderança na Ucrânia e afastar o presidente Volodymyr Zelenskiy.
As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, com preocupações com a demanda pela commodity na segunda maior economia do mundo.
(Com Reuters)
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