Dólar cai a R$ 5,86 seguindo exterior com incerteza sobre política tarifária dos EUA
Na frente de dados, as vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram 1,4% no mês passado, após uma alta não revisada de 0,2% em fevereiro, informou o Departamento de Comércio nesta quarta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo, que são principalmente de bens e não são ajustadas pela inflação, subiriam 1,3%.
Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em baixa de 0,43%, aos R$5,8657. Em abril, no entanto, a divisa acumula elevação de 2,78%.
Às 17h07 na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,20%, aos R$5,8780.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,865
- Venda: R$ 5,865
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,919
- Venda: R$ 6,099
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
O que aconteceu com dólar hoje?
Investidores seguem cautelosos diante das preocupações com os possíveis impactos das tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a economia do país.
A volatilidade nas decisões sobre tarifas minou a confiança nas autoridades norte-americanas, levando investidores a buscar mercados mais estáveis fora dos Estados Unidos. Como resultado, na semana passada, os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram significativamente, enquanto o apelo do dólar foi enfraquecido.
Por trás do apetite por risco estava uma crescente expectativa com a possibilidade de discussões tarifárias entre as duas maiores economias do mundo, após reportagem da Bloomberg News relatar que a China está aberta para conversas com os EUA, desde que haja demosntração de respeito.
As conversas poderiam levar a uma resolução da atual guerra comercial entre os dois países, que tem se intensificado desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas altas para uma série de parceiros em 2 de abril, resultando em trocas de retaliações por ambas as potências.
No momento, a taxa tarifária dos EUA sobre a China está em 145%, enquanto Pequim impôs tarifa de 125% sobre os produtos norte-americanos. Analistas temem que esse cenário possa levar a uma aceleração da inflação global e uma recessão econômica em vários países.
Os mercados emergentes ainda pareciam aliviados com recentes recuos de Trump em suas tarifas, após o presidente norte-americano implementar isenções para uma série de produtos eletrônicos e sinalizar a possibilidade de alteração em suas tarifas sobre automóveis e autopeças.
Por outro lado, Trump também já indicou a intenção de apresentar novas taxas sobre produtos farmacêuticos e chips semicondutores.
Havia ainda incerteza sobre a política comercial dos EUA, que tem sido um fator de aversão ao risco nas últimas semanas, uma vez que os investidores têm perdido a confiança nas autoridades norte-americanas em meio à sequência de ameaças e recuos consecutivos.
Essa desconfiança tem levado agentes financeiros a se desfazerem de suas posições compradas na moeda norte-americana, buscando outras moedas seguras, como o iene e o franco suíço, gerando fuga de risco em mercados com moedas mais arriscadas.
As atenções estarão voltadas mais tarde para o chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que discursará no Economic Club of Chicago às 14h30, no que serão seus primeiros comentários desde que Trump anunciou uma pausa de 90 dias para a maior parte de suas tarifas “recíprocas”.
(Com Reuters)
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