Citi altera carteira de baixa volatilidade após tarifas de Trump; veja novas ações
O Citi alterou sua carteira de baixa volatilidade (MVP), incluindo Marcopolo (POMO4), Embraer (EMBR3) e Vivara (VIVA3), enquanto Cury (CURY3), Equatorial (EQTL3), CCR (CCRO3) e Ultrapar (UGPA3) foram removidas. A mudança ocorreu devido ao impacto das tarifas dos Estados Unidos no comércio global, no dia 2 de abril.
O banco considera que o Brasil foi relativamente menos afetado, enquadrando-se na faixa tarifária de 10%, a menor taxa. “Os Estados Unidos não têm um déficit comercial com o Brasil, representando 12% das exportações brasileiras, o que colocou o País no grupo de tarifa mínima”, explica a equipe de André Manzini.
No entanto, a equipe avalia que o Brasil pode ser afetado por efeitos econômicos globais decorrentes de um mundo mais desglobalizado. Assim, a combinação de tarifas relativamente baixas e a política externa agnóstica do Brasil, que mantém relações políticas e econômicas com diversos blocos, motivou o Citi a alterar sua carteira MVP.
Publicidade
Com isso, a carteira de baixa volatilidade do Citi agora inclui: WEG, Copel, Eletrobras, Embraer e Marcopolo, com peso de 10%; e BTG Pactual, B3, Bradesco, Vale, Prio, Petrobras, Vivara, Smartfit, Klabin e Suzano, com peso de 5%. A MVP do Citi pode conter de 10 a 15 empresas, com pesos de 5%, 10% ou 15%, visando superar o Ibovespa.
Em março, a carteira MVP do Citi teve desempenho inferior ao Ibovespa, recuando 3%, contra uma queda de 2,4% do índice, às vésperas do “Dia da Libertação” das tarifas dos Estados Unidos. Em 2024, a MVP perdeu 17,9%, enquanto o Ibovespa recuou 10,5%, revertendo parte do resultado de 2023, quando a carteira obteve ganho de 35,4%, frente a um aumento de 22,3% do Índice Bovespa. Desde sua criação, em outubro de 2021, a MVP valorizou-se 16,6%, contra uma alta de 4,7% do Ibovespa no mesmo período.
Fonte: Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro