CDBs do Master lideram ranking de maiores taxas em 2025; veja a lista completa
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) emitidos pelo Banco Master em 2025 ofereceram as maiores taxas do ano, até aqui, entre CDBs atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI). É o que mostra um levantamento realizado pela Quantum Finance, a pedido do E-Investidor, com dados contabilizados até o final de março. Os títulos da instituição, com vencimentos que variam entre dezembro de 2026 e março de 2027, apresentam uma rentabilidade de 120% do CDI.
Entre os CDBs indexados ao CDI emitidos em 2025, os do Paraná Banco se destacam com retorno de 115% do CDI. Também aparecem no ranking os títulos do Banco BS2 e do Banco Original, que oferecem rentabilidades de até 110% do CDI. Veja a lista:
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Na lista de CDBs indexados à inflação, o destaque fica para o Haitong Brasil, que tem títulos pagando até 9,43% acrescidos da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Já entre os CDBs prefixados, a rentabilidade máxima foi de 15,72% ao ano para títulos do Santander.
Master anuncia redução nas taxas dos CDBs
O Banco Master anunciou na quarta-feira (2) que iniciou um movimento de redução nas taxas dos seus CDBs após a proposta de compra pelo Banco de Brasília (BRB).
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A redução foi de pelo menos 0,3 ponto percentual em todos os prazos de vencimento. Agora, um CDB do Master prefixado com vencimento em 30 dias oferece um retorno de 13,9% ao ano. Antes, a taxa era de 14,2%. O mesmo título com prazo de 60 dias caiu de 14,4% para 14,1%, enquanto o de 90 dias teve redução de 14,5% para 14,2% ao ano. Já os títulos pós fixados tiveram redução de até 3 p.p.
CDBs do Master bombam no mercado secundário
Nesta matéria, o E-Investidor mostrou como os CDBs emitidos pelo Banco Master estão pipocando no mercado secundário, que é o ambiente onde investidores negociam os ativos entre si e não mais com a companhia emissora. Na plataforma da Rico, por exemplo, o usuário consegue encontrar um CDB a 160% do CDI.
O entendimento de analistas é que, para não ficar com os ativos em caixa, as plataformas aumentam o spread; assim, o título ganha tração entre investidores. “As plataformas estão com esses ativos ‘encarteirados’ na tesouraria. Elas aproveitam que o spread de crédito do emissor aumentou muito para jogá-los no mercado com valores mais altos e, assim, tentar limitar o risco da carteira”, explica Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.
Em relação à segurança de se investir nesses títulos, Milton Rabelo, analista de investimentos da VG Research, comenta que, quanto mais curtos forem os prazos de vencimento, menos arriscado será o investimento. “Não tende a ser uma ideia assertiva por parte do investidor concentrar todas as suas aplicações naquele título que rende a maior taxa porque, normalmente, o seu risco é maior”, destaca.
Também não vale fazer qualquer alocação contando apenas com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). “Em relação ao FGC, o fundo sempre conseguiu honrar os seus compromissos nas dezenas de liquidações de bancos que houve nas últimas décadas, porém o investidor não deve se expor a qualquer título pensando apenas na proteção oferecida pelo fundo. É fundamental que haja um nível de diversificação no portfólio”, recomenda.
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Veja a cobertura completa do E-Investidor sobre os CDBs do Master:
- OPINIÃO: Banco Master, “grande demais para quebrar”?
- Master e BRB têm tamanho suficiente para acabar com a liquidez do FGC, diz Marília Fontes
- FGC garante liquidez, mas vê risco para o BRB na compra do Master, segundo fontes
- Socorro do BRB ao Master é “afronta à governança e imoral”, diz Fabio Alperowitch
- O que acontece com o investidor de CDBs do Master se a compra pelo BRB não sair
- CDBs do Master bombam no mercado secundário e oferecem 160% do CDI; especialistas explicam os riscos
- Master anuncia redução nas taxas dos CDBs após compra pelo BRB; veja o que muda
Fonte: Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro