BRB (BSLI3) ganha mais de R$ 2 bi em valor de mercado após alta na bolsa de valores
As ações do BRB (BSLI3), controlado pelo governo do Distrito Federal, lideraram os ganhos da B3 na última sessão de março. Nesta segunda-feira (31), o papel da estatal encerrou o dia com uma alta de 83,44%, sendo negociado a R$ 13,74. Os ganhos foram suficiente para a instituição financeira quase dobrar de tamanho na bolsa de valores.
Segundo dados da Elos Ayta, enviados ao E-Investidor, o BRB possui agora um valor de mercado de R$ 5,3 bilhões. Na sexta-feira (28), o banco era avaliado em R$ 2,9 bilhões. A diferença representou um acréscimo de R$ 2,4 bilhões no valor da empresa em apenas um dia de negociação.
A guinada das ações na bolsa reflete a repercussão dos investidores em torno do anúncio de compra de 58% do capital do Banco Master. Como mostramos aqui, o negócio poderá ajudar o BRB a expandir os seus negócios no segmento de crédito, câmbio, mercado de capitais e atacado. As empresas vão manter as estruturas separadas, com compartilhamento de “governança, expertise, sinergias e coordenação estratégica e operacional”.
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“O novo conglomerado prudencial visa fortalecer a atuação conjunta no mercado, pela oferta completa de produtos e serviços bancários, de seguridade, meios de pagamento e investimentos a pessoas físicas e jurídicas, presença nacional e estrutura de governança, capital, liquidez, rentabilidade e conformidade regulatória compatível com o porte do novo conglomerado”, disse o BRB em comunicado ao mercado.
Antes da conclusão da compra, o Master vai separar determinadas operações do balanço. Com isso, ficarão sob o Master apenas o banco multiplo, as sociedades ligadas ao Willbank, fintech adquirida no ano passado, e a Maximainvest Securitizadora. “A operação será precedida por uma reorganização societária do Banco Master, de modo que certos ativos e passivos não estratégicos, incluindo participações societárias em controladas, serão segregados do Banco Master anteriormente à operação”, disse o BRB.
A operação estimada em R$ 2 bilhões foi aprovada por unanimidade pelo conselho do BRB, mas ainda precisa passar pelo crivo do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para ser efetivada. No acumulado de 2025, as ações do banco estatal sobem 72,31% e têm alta de 90,44% em março.
Fonte: Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro