Brasil desponta como potencial vencedor na guerra comercial de Trump, diz WSJ
Os primeiros sinais já aparecem, diz o jornal: empresas chinesas vêm ampliando as compras de soja brasileira, antecipando embarques e reduzindo sua dependência do grão norte-americano.
A reportagem destaca ainda o aprofundamento nos últimos anos da relação comercial com a China, que desde 2009 é o principal parceiro comercial brasileiro. Com isso, o investimento chinês no Brasil já supera US$ 70 bilhões, com presença marcante nos setores de energia, infraestrutura e transporte. Projetos como ferrovias estratégicas para o escoamento de grãos vêm sendo tocados por estatais chinesas, ampliando a capacidade logística brasileira e reduzindo custos.
Já nos Estados Unidos, ressaltou a publicação, indústrias como a de calçados, por exemplo, apostam na possibilidade de ocupar o espaço deixado por produtos chineses atingidos por tarifas americanas. O setor, com abundância de matéria-prima e mão de obra qualificada, já exporta em volume significativo para o mercado norte-americano e espera um impulso adicional com o realinhamento comercial.
Embora o Brasil também possa ser alvo de novas tarifas dos EUA, especialistas ouvidos pelo WSJ avaliam que o fato de o país manter superávit comercial com os americanos pode mitigar impactos. Além disso, o Brasil busca acordos bilaterais para reduzir os efeitos de medidas protecionistas, especialmente no setor siderúrgico.
O jornal também aponta a visita recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, com negociações que podem abrir aquele mercado à carne bovina brasileira, como sinal de que o governo está em busca ativa de novos destinos para produtos nacionais, em um momento de reconfiguração global do comércio.
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