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Para Cesar Mikail, gestor de renda variável na Western Asset, desde que se iniciaram os “movimentos erráticos” do governo Trump com relação à política tarifária, tem prevalecido nas bolsas de Nova York certa apreensão com relação ao risco de uma recessão nos Estados Unidos – cautela que desencadeou uma rotação de ativos em direção a mercados emergentes e da Europa, apreciando também as respectivas moedas. “Ainda é pouco provável que uma recessão venha a ocorrer nos EUA, mas europeus e emergentes, inclusive o Brasil, e suas respectivas moedas, têm sido beneficiados nesse contexto”, ressalta.
Outro fator importante que tem sustentado fluxo estrangeiro para a B3 neste primeiro trimestre é uma melhor percepção sobre a evolução da economia chinesa, da qual o mercado brasileiro é visto como ‘proxy’ pela exposição a commodities. “Isso favorece a ‘compra de Brasil’”, pelo foco que o estrangeiro tem em ações de grande capitalização de mercado, e liquidez, como as de Vale e Petrobras, produtoras de insumos com preços formados no exterior e sensíveis à demanda da China.
Por fim, observa Mikail, há uma percepção relativamente mais equilibrada do mercado com relação ao fiscal doméstico, o que se reflete também na ponta longa da curva de juros – em ajuste de baixa, no DI, que desperta em especial o apetite do investidor doméstico pelas ações cíclicas, como as de construtoras e do setor de consumo. “Com a definição da isenção do IR para os que ganham até R$ 5 mil, não há espaço para que o governo venha a fazer muito mais, então é algo que já está no preço. Ajuste nas contas públicas, se vier, é para depois de 2026. E, no momento, o governo parece em condição difícil de popularidade para o ano que vem”, diz.
No momento, Mikail considera que 65% do ajuste em andamento na Bolsa brasileira tem relação com a realocação global de ativos a partir da correção nas bolsas dos Estados Unidos, e 25% com a visão mais favorável sobre a China. Os 10% restantes teriam relação com a percepção sobre o doméstico – fatia que tende a aumentar ao longo do tempo, à medida que se aproximar o decisivo ano de 2026.
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Nesta quinta-feira, os principais índices de Nova York fecharam o dia com variações contidas, e o fim negativas, entre -0,33% (S&P 500) e -0,53% (Nasdaq). O dólar à vista subiu 0,36%, a R$ 5 7533, mas a curva do DI teve retração, embora moderada em direção ao encerramento do dia.
“Há um movimento interessante de descolamento da bolsa brasileira e da americana, com uma série de dados a corroborar isso. O valuation da bolsa americana estava muito acima das médias históricas, e o valuation da brasileira, abaixo do padrão. Outro fator era a extrema concentração das alocações para o mercado americano, muito grande em relação aos demais ativos listados no mundo, algo como 56% do total”, diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos.
“Continuamos com um bom ingresso de capital estrangeiro no ano, com o rebalanceamento de carteira – essa troca de Estados Unidos por emergentes -, e o grande gatilho tem sido Trump e sua política comercial”, acrescenta Moura.
No acumulado em 2025, conforme dados disponíveis até o dia 25, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 11,895 bilhões na B3. No mês de março, até a mesma data, houve entrada de R$ 4,371 bilhões por parte de estrangeiros, resultado de compras acumuladas de R$ 225,782 bilhões e vendas de R$ 221,411 bilhões.
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